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Saturday, December 24, 2011

Papai... Noel?

 




         Pronto.

         Meia-noite.
         O sono não vem. É natal. Hora dos presentes? Mas sou velha para isso. 

          - Marta! Marta! Vem cá! 
          - O que é, paspalho!?
          - Vem ver! A chaminéééééé!

          Saí do quarto com toda raiva do mundo. Sabe, aquela raiva típica de adolescente. Eu queria apenas ficar deitada e ver as horas passarem. 

          - Então? - eu quase gritei, do vão da porta da sala. 
          - Oh...

           O paspalho olhava para chaminé como se ali estivessem os carros da Montaun. Estralei os dedos, mas isso não tirava ele de sua hipnose súbita. Então me aproximei.

            - Psiu. Vem. Volta para cama. Não quero encrenca com os pais.
            - Ouvi... um... barul... vind... daí...
            - Ahhh! Você só pode estar brincando! Devem ser os gatos. Aqui não são os Estados Unidos para que o papai noel apareça na chaminé – eu falei, dando de ombros para isso.

           No momento em que eu ir dar as costas ao paspalho e voltar ao meu refúgio, da janela vi uma neblina densa rodeando a casa e um fio dessa neblina entrava pelas frestas. De repente, algo caiu do telhado, deixando meu coração aos pulos. O que tinha sido? Não estava nem um pouco a fim de descobrir.
           Um xiiiii me fez voltar pro paspalho.

           - O que você está fazend...? - eu fiz cara de poucos amigos. - Por que fez xixi?

            Os dedos dele tremiam, aliás, o corpo todo tremia. De onde eu estava, não sabia se ele tremia de emoção ou de medo. Um som indistinguível rasgava o ar. Um cheiro de sereno invadiu a sala. E meio minuto depois de escutar o som, vi uma bota enxarcada de sangue sendo cuspida da chaminé. Será que era o papai... noel?
             Eu e meu irmão ficamos abraçados por um breve momento.

            - Quem é você? - foi só o que eu consegui dizer, pois meu corpo não respondia ao meu estímulo de fugir dali.

Tuesday, December 6, 2011

Informaçãos sobre os autores Luana McCain e Sérgio Simka








http://www.facebook.com/profile.php?id=100001065906299&sk=info


http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22172054&sid=946242130131031340314645881


http://www.martinsfontespaulista.com.br/ch/prod/380203/ENIGMA-DO-GUARDA-ROUPA,-O---COLECAO-HORROR---VOL%201.aspx


http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3067466/o-enigma-do-gurda-roupa-tente-decifrar-e-voce-vera-que-nunca-esta-so!/?ID=B14CF17E7DB0C060A2A3B0178&PAC_ID=121065


http://www.dgabc.com.br/News/5831822/historias-de-horror.aspx


http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=23547


http://www.nomundoenoslivros.com/search/label/Terror


http://literatas.blogs.sapo.mz/53206.html


http://www.bookess.com/read/10587-ultima-parada-sessao-terror/


http://www.reporterdiario.com/blogs/portuguesedivertido/index.php?paged=2


http://jornalmaisnoticias.com.br/firp-realiza-%E2%80%9Csemana-do-curso-de-letras-2010%E2%80%9D/


http://www.skoob.com.br/livro/170624


http://crasesemcrise.blogspot.com/2010_08_01_archive.html


http://www.myspace.com/553536633


http://aolimiar.com.br/colaboradores/luanamccain/


http://www.iglueditora.com.br/livros/Geral/page:2



http://www.metodista.br/rronline/noticias/entretenimento/2011/03/diadema-promove-o-primeiro-201cfestival-do-livro-e-leitura201d


https://jornaleirotalisandrade.wordpress.com/tag/luana-mccain/


http://santuariodosvampiros.blogspot.com/2011/06/ultima-parada-escola-maldita-luana.html

Monday, December 5, 2011

Amarelinha do Diabo









             Puta merda! Coisa louca! Ali. Logo ali. Na calçada daquele prédio em ruínas, aquela brincadeira  fluía com uma mistura de sombra e atrevimento sobre aquele grupo de seis crianças. Cheguei mais perto porque uma lembrança da minha infância saltitava no meu peito.  Mas todo essa sensação transformara-se em pedras quando fui supreendida por um raio que acredito ter caído próximo dali. Tudo passou a flutuar numa esfera medonha. Em milésimo de segundos, o dia virou noite.
              Aquele grupo de crianças passou a agir de forma estranha.
              Ao chegarem no número 6 da amarelinha, cada uma desaparecia no ar. De repente, as nuvens cinzas, os raios, o prédio e o grupo de crianças sumiram. Percebi a minha real situação com uns puxões na camiseta.

               - Ei. É a sua vez.

                Olhei pra trás. Uma pequena filinha nervosa esperava pela minha vez de jogar a pedrinha. Tive a sensação da pedrinha queimar nas minhas mãos. Uma coisinha, que não consigo falar pelo meu pequeno conhecimento das palavras, queria que eu atirasse. Eu tinha que atirar. 

                - Não tenho o dia todo.
                - Nós também quer jogar.

                Não esperei. Fechei os olhos com força. Atirei a pedrinha com tanta força que imaginei na hora ter jogado ela fora dos números da amarelinha. Abri os olhos devagarzinho com um medo que não sei de onde tava vindo. Meus olhos ficaram bem abertos quando vi que a pedrinha tava na casa 6.
                Mesmo que tremendo muito, comecei a dar os pulinhos. Cada vez que eu pulava nas casas, sentia uns pingos de chuva na pele, mas nao tinha nenhuma chuva porque tava um sol danado. E agora, bem na minha frente, a casa 6. Eu queria muito sair dali correndo. Aquele número 6 não era bom. 
                Pulei.





Friday, October 21, 2011

Última Sessão






      Murilo não havia levado companhia e ali permanece agarrado em sua poltrona, dividindo a atenção com o copo de refrigerante de tamanho médio. Suas mãos suam. Vez e outra é tomado por arrepios. Seu coração fica acelerado. Raramente seus olhos se desviam da tela.
      De repente, a imagem do telão some. Uma a uma, as luzes de emergência vão se apagando. Murilo se arrasta, totalmente às cegas, em direção à saída que, até então, está livre. Antes que pudesse olhar para trás, algo o segura pelos pés, ficando de cabeça para baixo.
       Uma voz densa e cavernosa dança pelo ar, repetindo sons ininteligíveis; ela vem de uma silhueta mal iluminada pela luz tênue do projetor, suas feições ocultas exceto por uma cicatriz no pescoço.

       – Não me mate, por favor! – implora Murilo, debatendo-se no ar.

       Murilo demorou algum tempo para descobrir o motivo da sua paralisia, mas no final era bem mais simples do que pensava. Simplesmente foi cortado ao meio, na altura do peito. Um funcionário do cinema chega ao local para guiar os espectadores à saída, porém a cena de massacre sumira. É como se nada tivesse acontecido. Murilo desperta. Seu semblante não é mais o mesmo. Cismado, talvez. Um alívio por tudo isso ter sido somente um sonho.
       Nem tudo o que se quer é o que se tem. Enquanto as pessoas se ajeitam para deixar a sala, Murilo nota algo de estranho no funcionário. Antes que pudesse ter a sensação de que aquela marca no pescoço já foi vista por ele, o terror começa de novo.

Sunday, October 9, 2011

Ele





      Dei um pulo à janela do meu quarto.
      O céu cancerígeno me deixava desanimado. Na calçada, meu pai lavava com total cuidado o seu Dodge anos 70. Esse era o melhor momento para... Arrastei a cama até o guarda-roupa. Subi. Estiquei o corpo o máximo que pude. E finalmente consegui pegar o porquinho. Sabe, esse porquinho é um tanto brega, mas seu conteúdo é...
     Pus a cama no mesmo lugar de antes. Caí de barriga para baixo na cama. Durante minutos, pensava na melhor maneira de pegar a grana sem danificar o porquinho porque se meu pai descobrisse que tentei... não quero nem imaginar o que o chato de galocha faria comigo.
      De repente, senti o porquinho ficar quente. Me recolhi para a beirada da cama enquanto o porquinho ficava sinistramente imóvel. Meus olhos ficaram super arregalados quando vi os olhinhos bregas dessa coisinha brilharem um vermelho diabólico.
    Em milésimos de segundos, percebi que sua boquinha se mexeu em um movimento que se traduziu numa frase: cê vai para o inferno!
      Em um ritmo assustadoramente lento, eu estava sendo sugado para dentro do porquinho.

Sunday, August 14, 2011

FELIZ ANIVERSÁRIO, VELHA!

















– Você está atrasada! – disse minha mãe do vão da porta do meu quarto.
– Pera um pouco! – respondi, terminando de pregar uns grampos no meu cabelo.
Ir para aniversário de criança já é um ó, imagine passar a noite mais horripilante do ano envolta de crianças. Preciso confessar que sou fã do Jason, e em todo o Halloween eu me fantasio dele – isso não é fashion? Aaaaaah! \o/
– Eu não vou esperar mais, Luana! – a voz estridente da minha mãe me despertou para a realidade.
Eu me virei pra minha velha, e…
– Eu… já… vou…
– Por que a cara de quem viu um fantasma, Luana?
Terrificada, trêmula, apontei o dedo para trás dela e no mesmo minuto um líquido quente começou a escorrer pelos meus joelhos. Minha velha então se virou e só o que conseguiu fazer foi soltar um grito.
O chão se uniu às asas ensanguentadas de um anjo.

Sunday, June 26, 2011




É isso aí! É um assalto! Levante a mão direita!... Depois, guie esta mão para o mouse! Agora leve o cursor até http://e-chaleira.blogspot.com/2011/06/ultima-sessao.html e dê um clique! Pronto. Só continue andando e ai de olhar para trás...! XD

Monday, May 9, 2011

Vovó zumbi





            Era hora de dormir. Eu e meus irmãos tivemos um dia muuuuuito agitado. Primeiro, vovó levou a gente no parque de diversões. Depois, no cinema. Assistimos Um dia com a vovó zumbi. Por mais que o titulo fosse aaaaaaaassustador, o filme era de aventura.

               - Meus amores, já está na hora de dormir.
            - Vovó, a gente vai embora amanhã... não queria... foi legal passar as férias aqui – disse meu irmão do meio, com aquela vozinha de sempre.
               - Eu também – os olhos da minha irmãzinha se encheram de lágrimas.

               Revirei os olhos.

               - Vovó, antes de dormir, eu posso comer aquele bolo de nozes que cê fez hoje de manhã?

               Ela fez uma cara pensativa. Segundos depois, falou com aquela calmaria de sempre:

              - Hmmm não, não pode. Você acabou de escovar os dentes.
              - Mas...
              - Na na ni na não.
              - Vovó, quero água – disse meu irmão do meio.
              - E eu tô com sede – falou minha irmãzinha.
              - Venham. Eu levo vocês.

              E eles foram. Só eu fiquei no quarto.
              Dez minutos depois.
              E a casa estava um puro silêncio. Senti uma intensa vontade de descer na cozinha e ver o que os três estavam fazendo. Era sempre assim: vovó realizava os desejos daquelas malinhas e eu sempre ficava de fora.
            Fui pra cozinha, quietinho da silva. Eu queria pegar eles de surpresa. Um passo. Dois passos. Três... e na porta da cozinha estava minha irmãzinha de cócoras e cabeça baixa. Eu cutuquei ela e nenhuma resposta. Peguei ela pelos cabelos e enoooooooooooooorme foi o meu susto, eu vi ela sem os olhos e a sua língua caiu nos meus pés.
             Dei um pulo pra trás. Eu queria chorar, mas não conseguia. Virei pra cozinha e meu irmão estava diante da pia comendo o bolo de nozes, mas atrás dele estava a vovó, com uns dentes-monstros, super afiados, pronto pra abocanhar a cabeça  dele.


Fliperama da besta



       
        – Eu vou vencer, custe o que custar! 
                   – Duvido!
                   – Ah, vamos parar, Dan. Vamos pra casa. Já tá tarde.
                   – Ainda tá cedo, meu!
                   – Ah, eu vou embora. Então fica ai jogando sozinho.
               
               Dan nem ao menos olhou pra trás enquanto eu me afastava. Eu já estava cansado de tudo isso. "Só crianças brincam em fliperama" – eu pensava, revoltado pelo meu melhor amigo ter me trocado por esse lugar idiota.
             E por incrível, esse lugar não estava cheio como de costume, pra falar a verdade, dando uma passada de olhar por ali, percebi que só tínhamos eu e o Dan! Cadê aqueles funcionários chatos de galocha? E...
                A porta dupla se fechou atrás de mim, violentamente. A luz começou a oscilar. As máquinas de fliperama passaram a ter vida própria! Ai, meu Deus, o que tá acontecendo?
                  Estava tão desesperado em sair dali, que só um tempinho depois percebi o sumiço do Dan.

                  – DAN! CADÊ VOCÊ...? EU QUERO A MINHA MÃÃÃÃÃÃE!
                  – Tô... a...qui – ouvi a voz de Dan atrás de mim.

                  Virei tão rápido quanto pude.

                  – Dan... é tu, cara?????
                  – Fique calmo. Não vai doer nada.

Wednesday, April 20, 2011

Novidade aterrorizante!







            Pessoal, fiquei sabendo de um caçador de monstros muito show e ele tem um twitter e um orkut! Lá no twitter ele conta todos os dias suas caçadas, junto com mais um carinha que acabara de conhecer durante essas caçadas! Se eu fosse vcs iria conferir logo antes que o estoque acabe! rs. (XD) Ó, segue aí o twiter dele:http://twitter.com/#!/SlaineHwellet e tb o orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=6618648433297419259

Thursday, April 7, 2011

Pessoal, estou disponibilizando, abaixo, um capítulo do livro O Enigma do Guarda-Roupa, escrito por mim, Luana McCain, e Sérgio Simka. Desejo a vocês uma leitura repleta de suspense!



              Ouvi um barulho de espelho sendo quebrado.
              O som de alguém pisando nos estilhaços me levou até ao aposento macabro.
              Caminhei de modo a amortecer os passos. Suspirei profundamente. Olhei fixamente para a porta no final do corredor.
               Hesitei em ir.
               Mas tomei coragem e prossegui.
               Mantinha-me atenta.
               A porta, semiaberta.
               Aproximei-me.
               Escutei como se alguém ofegasse.
               Introduzi metade do corpo na penumbra do aposento. Estendi um dos braços para acender a luz. E, ainda assim, sustentava a outra metade do corpo para fora.
               A iluminação. O quarto encontrava-se com um aspecto diferente. Percorri o olhar por todo o ambiente. Vi uma aliança no chão, próxima do criado-mudo.
               De olho na porta, não queria correr o risco ficar trancada como da última vez.
               Agachei para apanhá-la.
               Levei um susto.
               Meu coração acelerou.
               Eu não queria ter visto aquela cena horrenda.
               A velha paralisada ali, na minha frente, com o rosto sangrando e desesperada.
               Qual a minha reação?
               Não esbocei nenhuma.
               Ela implorava por ajuda.
               Eu não quis prosseguir, porque tinha o receio de a porta vir a se fechar. Com cuidado, estiquei o meu braço a fim de puxá-la para o meu lado. Em fração de segundos, a velha foi sugada para dentro do guarda-roupa sem deixar rastros.
               Não poderia ter feito nada por ela.
               Pelo menos não era uma bruxa perversa como eu havia pensado.
               Corri o máximo que pude.
               Só parei quando tropecei num tronco na floresta que circundava o casarão.

                (Para saber mais, adquira o livro, que pertence à série Horror, nas livrarias Cultura http://www.livrariacultura.com.br e Saraiva http://www.livrariasaraiva.com.br)

Friday, March 18, 2011

Última parada: Museu do Esqueleto


          - Saia da frente, Ingedore! - gritou Shelly, dando um encontrão violento em mim. Tudo para chegar ao ao corredor conhecido como "Park Jurassic III" - que mala.
          - Uaaaaaaaaau! - tinha um esqueleto de tiranossauro rex bem à minha frente.
          - É-É ma-maneiro... - completou Murilinho, ao meu lado.
          - Ahhhhhhhhhh!
          - O que foi, Pâmela? - perguntei.
          - Diga! - disse Murilinho.

          Putz grilo! Pâmela estava branca igual o gasparzinho. O que tem de errado?

          - O ti-ti-ti-tiranossauro se-se me-me-mexeu!! - ela gritou. Esse tiranossauro era o maior desse corredor.
          - M-Mentira! - eu bati de frente. Olhava ela por sobre os ombros.
          - É-É-É-É a-a p-p-pura ve-verdade! - ela não parava de apontar o dedo para o fim do corredor.

           Eu e Murilinho seguimos a Pâmela com o olhar. Quase caímos pra trás ao topar com todos os esqueletos vivos, com muita fome.

Recado assombrado





       1º Festival do Livro e da Leitura de Diadema


        Dia 24 de Março, às 15h, lançamento do livro infanto-juvenil O Enigma do Guarda-Roupa (Iglu Editora), de Luana McCain – estudante de letras da UNIESP de Santo André - e Sérgio Simka - professor e escritor.
    Local: Centro Cultural

    Rua: Graciosa nº300 - centro de Diadema - Praça da Moça
  

Saturday, March 5, 2011

A Cabine telefônica - parte I



        No verão, eu e Cibele fomos acampar nas montanhas. Tudo corria bem até ela se lembrar, no meio da viagem, que o Toddy (o seu poodle de estimação que me irrita só de ter ele entre minhas pernas) precisava tomar remédio.

         - Eu preciso avisar à velha o horário de dar...

         - Ai, ai ,ai, Ci-be-le!

      Enquanto Cibele verificava o sinal do celular, a cerração dançava pela estrada. A noite por si só me fazia lembrar do dia de Finados. Por que esse feriado? Pela morbidez da estrada. Eu, ao volante, e minha amiga, no banco do carona. 


          - Pare o carro! - gritou Cibele de súbito.


          O carro sofreu um solavanco violento até parar totalmente.


          - Olhe ali!
          - Uma cabine telefônica?

          - Vamos tentar uma ligação.

         - Ei! - eu disse, interrompendo sua tentativa de sair do carro. - Não acha que é perigoso ficarmos paradas no meio da estrada?

          - Vai ser rapidinho. Não demoro. Me espere aqui, sua boba - ela saiu, cheia de si.

             

          Cinco minutos depois, comecei a sentir falta da minha amiga. 

A Cabine telefônica - parte II



      
         - Cibele! – eu falei, saindo do carro... com cautela. 

       Eu estava a apenas alguns metros da cabine, mas a cerração era tão forte que eu mal conseguia vê-la. Dei alguns passos. Estava desnorteada em relação onde a cabine se situava e um medo gritante de me perder por ali me perturbava.
         Gemidos se arrastavam de lá e cá do nevoeiro.

         - Cibele!... Cibele! - eu berrava a plenos pulmões e nenhuma resposta dela.

     Susto! À minha frente a tal cabine, aparentemente inofensiva. Me aproximei, quase arrancando os cabelos e dei uma verificada rápida nela para encontrar alguma coisa que me indicasse o paradeiro da minha amiga. E nada. Suspirei desanimada, ao mesmo tempo, nervosa. Por fim, decidi retornar ao carro.
        Algo inexplicavelmente surreal me fez tremer nas bases e não consegui sequer sair do lugar.

A Cabine telefônica - parte III



            Virei-me numa rapidez desconcertante para a cabine e era apenas o telefone tocando. Mas o toque dele era muito estranho, não condizia com o habitual. Era a música Jailhouse Rock, do Elvis Presley, só que tocada numa harpa. 
             E isso era só o começo para aquele noite de verão, e para os minutos que fiquei parada na estrada.

Saturday, February 26, 2011

O Papai

         Meu pai estava com muita fome, dava para se ver em seu rosto, e disse que naquele dia quem iria preparar o jantar seria ele mesmo. E como sou curioso, perguntei, mas não obtive uma resposta sequer. Eu não entendi por que motivo ele segurava um machado, sendo que havia muita comida na geladeira. De fininho, acompanhei os passos do meu pai em direção ao seu quarto. Nessa hora, mamãe tomava banho no banheiro do quarto deles. Ele então entrou, fechou a porta sem provocar um barulho sequer. Rapidamente, lancei-me ao buraco da fechadura e vi:


Aviso sinistro III




        Pessoal, os minicontos serão postados aqui quinzenalmente! Então, ficará assim: no começo e na metade do mês vocês se deliciarão com o Terror.

Sunday, February 13, 2011

Última parada: Escola Maldita (parte 1)



       Todo ano é sempre a mesma coisa. Professores iguais, amigos iguais. É um tédio. Eu saí do ônibus escolar com uma moleza no corpo. Só de imaginar que teria que enfrentar a primeira das muitas aulas... 

        - Então a gente se vê no intervalo - disse Eliot, meu amigo do oitavo ano.
        - Falou aluno do sexto ano - zombou Caio, empurrando-me com o ombro ao passar por mim e encaminhando-se em direção à escola.

        "Idiota!" - eu pensei.
        Enquanto eu me penetrava na onda humana, meus passos foram interrompidos por Bárbara que me segurou pelo pulso, dizendo um tanto excitada:

        - Este ano vai ser diferente! 
        - Quê?!
        - Venha comigo! 
        - Ahn?

        E fomos, meio que tropeçando em todo mundo, aos banheiros desativados que há nos fundos da escola. Ninguém, ninguém mesmo se atreve a ir lá. Quem é louco? Agora sei que os únicos loucos somos Bárbara e eu. 

         - O que vamos fazer? - eu disse, confuso, ao mesmo tempo, com medo. Medo? Sim. Não sei de quem, mas sei que estava desconfortável ficando ali.
         - Você sabe que há sete anos, um grupo de estudantes se suicidou aqui, né?
         - Eu já sei dessa história - eu disse, revirando os olhos.
         - E sabe também que a última pessoa que esteve aqui foi o zelador, só que há três anos né?
         - Sei, sei - as palavras quase não saiam. - A-A-Aonde v-você q-q-q-quer c-chegar?
         - Então, nós somos os mais corajosos em estar aqui.
         - Olha, se era essa sua intenção, o-o-o que acha de voltarmos? O sinal já bateu. Vamos!
         - Não! Er... ei, cê ouviu isso?
         - S-sim, B-Bárbara! Parece com...