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Friday, March 18, 2011

Última parada: Museu do Esqueleto


          - Saia da frente, Ingedore! - gritou Shelly, dando um encontrão violento em mim. Tudo para chegar ao ao corredor conhecido como "Park Jurassic III" - que mala.
          - Uaaaaaaaaau! - tinha um esqueleto de tiranossauro rex bem à minha frente.
          - É-É ma-maneiro... - completou Murilinho, ao meu lado.
          - Ahhhhhhhhhh!
          - O que foi, Pâmela? - perguntei.
          - Diga! - disse Murilinho.

          Putz grilo! Pâmela estava branca igual o gasparzinho. O que tem de errado?

          - O ti-ti-ti-tiranossauro se-se me-me-mexeu!! - ela gritou. Esse tiranossauro era o maior desse corredor.
          - M-Mentira! - eu bati de frente. Olhava ela por sobre os ombros.
          - É-É-É-É a-a p-p-pura ve-verdade! - ela não parava de apontar o dedo para o fim do corredor.

           Eu e Murilinho seguimos a Pâmela com o olhar. Quase caímos pra trás ao topar com todos os esqueletos vivos, com muita fome.

Recado assombrado





       1º Festival do Livro e da Leitura de Diadema


        Dia 24 de Março, às 15h, lançamento do livro infanto-juvenil O Enigma do Guarda-Roupa (Iglu Editora), de Luana McCain – estudante de letras da UNIESP de Santo André - e Sérgio Simka - professor e escritor.
    Local: Centro Cultural

    Rua: Graciosa nº300 - centro de Diadema - Praça da Moça
  

Saturday, March 5, 2011

A Cabine telefônica - parte I



        No verão, eu e Cibele fomos acampar nas montanhas. Tudo corria bem até ela se lembrar, no meio da viagem, que o Toddy (o seu poodle de estimação que me irrita só de ter ele entre minhas pernas) precisava tomar remédio.

         - Eu preciso avisar à velha o horário de dar...

         - Ai, ai ,ai, Ci-be-le!

      Enquanto Cibele verificava o sinal do celular, a cerração dançava pela estrada. A noite por si só me fazia lembrar do dia de Finados. Por que esse feriado? Pela morbidez da estrada. Eu, ao volante, e minha amiga, no banco do carona. 


          - Pare o carro! - gritou Cibele de súbito.


          O carro sofreu um solavanco violento até parar totalmente.


          - Olhe ali!
          - Uma cabine telefônica?

          - Vamos tentar uma ligação.

         - Ei! - eu disse, interrompendo sua tentativa de sair do carro. - Não acha que é perigoso ficarmos paradas no meio da estrada?

          - Vai ser rapidinho. Não demoro. Me espere aqui, sua boba - ela saiu, cheia de si.

             

          Cinco minutos depois, comecei a sentir falta da minha amiga. 

A Cabine telefônica - parte II



      
         - Cibele! – eu falei, saindo do carro... com cautela. 

       Eu estava a apenas alguns metros da cabine, mas a cerração era tão forte que eu mal conseguia vê-la. Dei alguns passos. Estava desnorteada em relação onde a cabine se situava e um medo gritante de me perder por ali me perturbava.
         Gemidos se arrastavam de lá e cá do nevoeiro.

         - Cibele!... Cibele! - eu berrava a plenos pulmões e nenhuma resposta dela.

     Susto! À minha frente a tal cabine, aparentemente inofensiva. Me aproximei, quase arrancando os cabelos e dei uma verificada rápida nela para encontrar alguma coisa que me indicasse o paradeiro da minha amiga. E nada. Suspirei desanimada, ao mesmo tempo, nervosa. Por fim, decidi retornar ao carro.
        Algo inexplicavelmente surreal me fez tremer nas bases e não consegui sequer sair do lugar.

A Cabine telefônica - parte III



            Virei-me numa rapidez desconcertante para a cabine e era apenas o telefone tocando. Mas o toque dele era muito estranho, não condizia com o habitual. Era a música Jailhouse Rock, do Elvis Presley, só que tocada numa harpa. 
             E isso era só o começo para aquele noite de verão, e para os minutos que fiquei parada na estrada.